Corrêa, Silva e Paroli (2004) avaliaram os métodos (analíticos, global, integrado e situacional) em adolescentes com média de 12,6 anos, durante 12 semanas, para verificar a capacidade cognitiva dos jogadores.
Os adolescentes foram divididos em quatro grupos e receberam o enfoque de treinamento de acordo com o método designado. Não foram encontradas diferenças após o período de treinamento em cada grupo e entre os grupos, sugerindo um efeito de treinamento semelhante entre os métodos empregados.
Silva e Greco (2009) encontraram em adolescentes entre 12-13 anos, que o método analítico apresentou melhoras em relação à inteligência de jogo, mas não em relação à criatividade tática. Já os grupos que utilizaram os métodos misto e situacional apresentaram melhoras significativas tanto para o desenvolvimento da criatividade tática como da inteligência de jogo.
Em um estudo descritivo, Pires (2002) verificou, em oito semanas, diferenças entre os métodos analítico e situacional. Os resultados mostraram que o método analítico foi melhor do que o método situacional para aprimorar a precisão na execução do passe, durante uma atividade fechada; a maior precisão no passe, em uma atividade fechada, não contribuiu para o mesmo êxito em uma situação real de jogo, apesar do grupo analítico também apresentar melhora na situação real de jogo.
O método situacional foi melhor para aprimorar a capacidade de tomada de decisão e execução em situação real de jogo, do atacante em posse de bola. E extremamente melhor no que diz respeito ao jogador atacante sem a posse de bola; durante uma situação real de jogo foi possível melhorar a precisão do passe, isto demonstrado em uma atividade fechada.
No processo de ensino-aprendizagem do futsal existem vários métodos com diferentes objetivos de trabalho. Quando você gasta todo o seu esforço tentando provar que um determinado tipo de método de ensino é melhor do que outro, você limita o que você pode aprender sobre o vasto e complexo processo de ensino-aprendizagem.
Não necessariamente a correta decisão vai corresponder a uma correta ação e saber executar um gesto técnico em uma situação descontextualizada nem sempre vai ser transferido para situação real de jogo.
Além disso, cada grupo de jogadores pode reagir de maneira diferente à aplicação de um exercício de treinamento. Assim a combinação dos diversos métodos parece ser a forma mais apropriada, tendo como ponto crucial o momento que deve ser introduzido um determinado tipo de exercício à sequência do treinamento.
Referencias:
CORRÊA, U.C.; SILVA, A.S.; PAROLI, R. Efeitos de diferentes métodos de ensino na aprendizagem do futebol de salão. Motriz, v.10, n.2, p.79-88, 2004.
PIRIS, H.V. Análise comparativa entre o método analítico e o método situacional no processo de ensino/ aprendizado/ treinamento do passe no futebol. Educación Física y Deportes. Revista Digital, n.50, 2002.
SILVA, M.V.; GRECO, P.J. A influência dos métodos de ensino-aprendizagem-treinamento no desenvolvimento da inteligência e criatividade tática em atletas de futsal. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, v.23, n.3, p.297-307, 2009.
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